A DDIV ( doença do disco intervertebral ) provoca alterações neurológicas em cães .É uma desordem clínica bem comum em cães e rara em gatos . Pode acometer as vértebras cervicais, torácicas caudais e lombares. Esta afecção é provocada pela degeneração do disco intervertebral, podendo ocorrer extrusão (Hansen tipo I) ou hérnia (Hansen tipo II) do disco, que podem causar compressão da medula e/ou raízes nervosas e até perda total ou parcial da função medular.
A hernia de disco e reconhecida pelo abaulamento da vertebra sem que haja a ruptura acomete principalmente raças grandes , já na extrusão de disco observa-se a ruptura do anel fibroso e saída de material do núcleo pulposo ,comum acontecer em raças como o Dachshund, beagle, pequinês, Lhasa, Shih tzu, poodle, cocker, mas pode ocorrer em raças grandes.
O disco sofre desidratação e o núcleo pulposo é invadido por cartilagem hialina e posterior calcificação. 60-70% dos discos estão calcificados em cães com mais de 2 anos, mas a calcificação do disco não significa que a medula esteja comprimida, por isso se deve ter muito cuidado e atenção nos diagnósticos ,pois apartir dele se estabelecerá o correto tratamento .
•GRAU DE LESÃO MEDULAR
Pode ser leve a fatal, pois pode ocorrer desde desmielinização leve a necrose irreversível da substância branca e cinzenta
AGUDO: Trauma, Infarto/ embolismo fibrocartilaginoso, Meningite, neoplasias, Cinomose, , Discoespondilite, Toxoplasmose/neosporose, Hemorragia
CRÔNICO: Mielopatia degenerativa do pastor alemão, Hemivértebra, Espinha bífida,. Neoplasias
SINAIS CLÍNICOS
•pescoço rígido, cifose, espasmos musculares, anorexia, paresia, hemi, tetraparesia
•O aparecimento dos sinais pode ser agudo ou crônico, com ou sem progressão. Ocorre ainda relutância em se mover e rigidez ou flexão do pescoço, inclusive dificultando a alimentação Pode ocorrer alteração de comportamento, devido à dor.
–sinal de raiz em membro torácico ( confunde com problema ortopédico)
DIAGNÓSTICO
–radiografias simples determinar o local em 28-43% dos casos
–exame de líquor.
–mielografia: Técnica que determina local correto em 85-97% dos pacientes
ESCOLHA DO TRATAMENTO
–tratamento médico x cirúrgico x Acupuntura : Ainda há controvérsias quanto à melhor forma de tratamento , que depende sempre do grau de lesão .
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: É importante lembra que a DOR CERVICAL pode ter várias origens, além da doença do disco:
•NÃO NEUROLÓGICA: Abscessos, miosite, corpo estranho, neoplasias em glândulas salivares, músculo...
•NEUROLÓGICA: INFECCIOSO/INFLAMATÓRIO (discoespondilite, ehrlichiose cinomose, toxoplasmose, neosporose, fungo, PIF MEG, meningites); •MÁ FORMAÇÃO (instabilidade atlanto axial, má formação atlanto-occipital); NEOPLASIA (vertebral, medular, raízes e meninges); TRAUMÁTICO (luxação e fratura)
http://www.pubmedcentral.nih.gov/picrender.fcgi?artid=1187791&blobtype=pdf
http://www.jstage.jst.go.jp/article/jvms/66/7/827/_pdf
http://www.scielo.br/pdf/cr/v34n4/a23v34n4.pdf
http://www.acvs.org/AnimalOwners/HealthConditions/SmallAnimalTopics/IntervertebralDiscDisease/
http://www.scielo.br/pdf/cr/v38n8/a22v38n8.pdf
Alguns cães desenvolvem um costume compulsivo de lamber se e desenvolvem uma patologia denominada Dermatite acral por lambedura (DAL) . Caracteriza se pelo ato
compulsivo de lamber alguma parte do corpo freneticamente , sendo as patas a
parte de preferência pela maioria dos pacientes com esse
distúrbio psíquico que terá como conseqüência a formação de uma
lesão granulomatosa úmida, eritematosa e alopécica .
O motivo real do por que essa patologia aparece , é na verdade
desconhecida , mas a literatura
cientifica relata fatores ambientais e psicogênicos como gatilhos ao
aparecimento e continuidade do
desenvolvimento da DAL. Na rotina diária da clinica neurológica já é percebido
que a dor pode também estimular o excesso de lambidas . Anormalidades em nervos
sensitivos periféricos poderiam estar presentes em alguns casos. Por isso o
diagnostico é clínico e estabelecido através da exclusão de outras etiologias,
ou seja, das causas orgânicas, associadas com a sintomatologia e exames
complementares ( exames Radiográfico ,
exame histopatológico , entre outros ) que ajudam a eliminar uma causa de base no local. O tratamento desta enfermidade envolve
diversos fatores, sendo o principal a correção do fator desencadeante. A terapia
inclui mudança no manejo ambiental e comportamental, associando drogas
antidepressivas, ansiolíticas, antagonistas narcóticos, corticoterapia, criocirurgia ou
excisão cirúrgica, radioterapia, Acupuntura ( quando de origem psíquica ) .